quinta-feira, 28 de junho de 2012

Um Amor Proibido #15: Longe De Casa

Ficamos parados ali, sorrindo idiotamente um para o outro, quando resolvo ir pegar refrigerante. Me dirijo até a geladeira, e pego uma garrafa de Guaraná. Olho para trás, e o vejo pegar alguma comida, quando de repente ele olha para mim, e rapidamente desvio o olhar e entro no elevador que estava com a porta aberta. Ele corre e entra também. Depois de alguns segundos, o homem misterioso diz:

-Qual é o seu nome?

-Am... Jully. sinto minhas pernas tremerem. E o seu?

-Gabriel. sua voz era extremamente doce, mesmo sendo grossa, mesmo causando arrepios...

O elevador para e abre a porta.

-Prazer em te conhecer... Gabriel. olho para ele e saio. Tchau.

-Tchau. escuto sua voz.

Entro no quarto, e fecho a porta, coloco a bandeja e a garrafa de Guaraná na mesa de centro. Corro para o banheiro e lavo meu rosto, ele estava ardendo, talvez por estar com vergonha, e medo. Volto para o sofá, ligo a TV e começo a comer enquanto assisto o filme "A Última Música". Depois de algumas horas, levanto e chamo o serviço de quarto para buscar a bandeja e levar a louça em bora. A tarde passou lentamente, e uma chuva fina começava a cair lá fora, olhando pela janela, dava para ver as luzes da cidade sendo acessas, os carros grandes e chiques andando para lá e para cá, entrando em estacionamentos, shoppings, cinemas, lojas de grife, tudo de bom que havia em Las Vegas, principalmente em casinos, que eram sempre cheios de gente. De repente Justin me vem a cabeça, seu sorriso, seu olhar, aqueles olhos cor de mel, que acalmavam, e me faziam sonhar, seu abraço, seus braços fortes, o prazer que ele transmitia para mim. Então, o celular começa a tocar, e meu estômago dói.

-Alô. 

-Jully, sou eu, Justin. sua voz era calma.

-Oi Justin. digo, no mesmo tom de voz dele.

-Você está bem? ele pergunta..

-Estou. sorrio, mesmo sabendo que ele não pode ver. E você? Está bem?

-Am... ele gagueja. Nã-Não sei, acho que sim. Só estou com saudades.

Fico em silêncio.

Ele está com saudades.

-Jully? ele interrompe meus pensamentos. Está ai?

-Oi, estou sim. 

-Me desculpe.

-Tudo bem, eu acho que lhe entendo. digo, tremendo.

-Eu te amo Jully, acredite em mim.

-Eu acredito em você, eu também te amo.

-Posso ir até a sua casa?

Não.

-Não... bem, não estou em casa. decido contar a verdade.

-Onde você está?

Fico em silêncio por alguns segundos, e quando percebo que ele vai falar, sou mais rápida e respondo:

-Las Vegas.

Agora ele fica em silêncio.

-Las Vegas Nevada? ele parece assustado.

-Sim, Las Vegas Nevada. digo normalmente.

-Vou até ai... me espere.

-NÃO! grito. Não venha Justin, por favor, fique ai, logo eu volto. Eu vim para cá para poder ficar sozinha, e pensar um pouco na vida, não quero dizer que não quero te ver, eu sinto saudades de você, mas acho melhor ficarmos assim... separados, pelo menos por um tempo. digo em um suspiro.

-Tudo bem. ele parece triste. Eu te amo.

-Eu te amo.

-Tchau. ele desliga o telefone.

Desligo o meu. E alguém bate na porta. Jogo o celular na mesa e corro até ela, olho no olho mágico... Gabriel?

Abro a porta.

-Olá Jully... desculpe incomodar, mas, gostaria de lhe convidar para ir em uma balada aqui perto.

Olho para o chão.

-Tudo bem, vou me arrumar,  me encontre aqui em 30 minutos.

-O.k., até depois. ele sorri e sai.

Fecho a porta e corro para o banheiro para tomar banho.

Estava decidida.

Ia aproveitar um pouco aqui.

Não iria fazer nada de mais... eu amava Justin.

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